“Adivinha uma tarefa mais complicada”

Com o início da época à porta, estivemos à conversa com Carlos Gonçalves, timoneiro da equipa do CD Cucujães que pelo terceiro ano consecutivo irá comandar uma equipa onde o grande objetivo passa pela manutenção no escalão secundário do hóquei em patins nacional. Treinador realista, com os pés bem assentes na terra antevê um campeonato complicado fruto dos investimentos dos adversários, mas nem por isso a equipa irá ter medo.

Com o início da época agendado para 24 de agosto, a equipa já tinha marcado uns jogos de preparação que poderão não se realizar porque o recinto irá entrar em obras. Para já a equipa tem agendado um jogo treino com a seleção portuguesa de Sub 17 no dia 27 de agosto e já está acertada a participação no torneio da ADS nos dias 18 e 19 de setembro


Boletim CDC - Depois de duas épocas em que a manutenção foi alcançada na última jornada, o que é de esperar da equipa do CD Cucujães para esta época?

Carlos Gonçalves (CG) – Não se espera muito mais do que os objetivos dos anos anteriores, mas com mais ambição, já que se adivinha uma tarefa mais complicada. Quando o desafio é mais complicado, mais motivação nos vai dar para alcançar os objetivos pretendidos, pois o clube neste momento não possuiu condições para reforçar o plantel que possa dar melhores garantias para o futuro.


Boletim CDC - Em competições que todos jogam contra todos, falar do sorteio passa para segundo plano. Mas o que pode perspetivar do resultado do sorteio?

Carlos Gonçalves (CG) – Em relação ao sorteio não há muito a dizer. Temos que aceitar e encarar positivamente o calendário. Temos que jogar jornada a jornada e tentar contrariar o nosso adversário seja ele quem for, porque no ringue é que se tem que provar o valor de cada equipa.


Boletim CDC – Num plantel que conta já com dez renovações, o que é de esperar para que o mesmo fique completo?

Carlos Gonçalves (CG) – Como já disse anteriormente o clube neste momento não aufere de condições para contratar uma ou outra mais-valia que pudesse equilibrar o plantel e encarar futuro de outra maneira. Temos de estar sempre atentos para que no futuro possamos incorporar um atleta que nos possa vir ajudar nos objetivos com maior tranquilidade.


Boletim CDC – A Taça de Portugal é outro objetivo da equipa ou é apenas uma competição para adquirir mais experiência? O objetivo pode passar por trazer um grande do hóquei nacional, como na época passada, o OC Barcelos, ao nosso pavilhão?

Carlos Gonçalves (CG) – Sim a taça é sempre uma competição à parte onde os objetivos são totalmente diferentes do campeonato porque temos noção da realidade, daquilo que nos deparamos com as outras equipas e com objetivos diferentes. A taça de Portugal, em norma, será sempre disputada pelos grandes. Não deixa de ser nossa ambição chegar a um patamar que nos proporcione um clube dos grandes e dar alegria aos nossos adeptos e proporcionar um bom espetáculo como aquele do ano passado frente ao OC Barcelos e também adquirir uma maior experiencia numa grande competição como a Taça de Portugal.


Boletim CDC – Pode-se esperar mais do que a manutenção para o CD Cucujães?

Carlos Gonçalves (CG) – Gostava de dizer que sim, mas neste momento só posso prometer ambição e trabalho para conquistar os objetivos propostos. O clube pode no futuro e trabalhando com os pés bem assentes na terra, quem sabe, se não poderemos ter outro discurso e outras ambições porque se não for assim também não vale a pena andarmos aqui. Temos que traçar sempre novas conquistas para que o trabalho seja valorizado e façamos cada vez mais, o clube crescer, porque nada é impossível até se alcançar….


Boletim CDC – Como é que um treinador se sente a treinar uma equipa sem reforços perante equipas que fizeram grandes investimentos?

Carlos Gonçalves (CG) – Claro que não é fácil vermos esse panorama dessa maneira, pois não temos os mesmos argumentos que os nossos adversários, logo não nos debatemos de igual para igual. Mas tal facto faz com que eu e os meus atletas tenhamos mais um motivo extra de querer e ambição em conquistar jogo a jogo, pois as vitorias não se fazem só de nomes nem daqueles que são bem pagos, mas sim daqueles que amam o seu clube e a modalidade e as vitorias assim são saboreadas como a conquista de um campeonato.


Boletim CDC – Poderá o fator “casa” ser importante para que a equipa atinga o objetivo da manutenção?

Carlos Gonçalves (CG) – Sim muito importante mesmo. Mas hoje felizmente a nossa equipa na maioria das vezes jogando fora é como se tivesse a jogar em casa, pois temos a nossa claque FRENTE ARMADA e os adeptos que nos acompanham sempre que possível. Mas claro, jogar em casa é um fator preponderante, já que os adversários sabem quando se deslocam ao nosso pavilhão, aquilo que vão encontrar: um público fantástico e enlouquecedor esteja a ganhar ou a perder estão sempre do nosso lado


Boletim CDC – Que mensagem deixa aos adeptos para esta época que agora se inicia?


Carlos Gonçalves (CG) – A mensagem que deixo é que continuem a vir ao pavilhão. Apoiem a nossa equipa e que cada adepto traga com ele mais um para um dia aquele pavilhão “rebentar pelas costuras”. 

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